sábado, 24 de julho de 2010

mestrado e encontros

(Tenho um blog só sobre o processo de mestrado, mas isso fala muito mais de mim, isso sim).

Muita parte do mestrado acontece nas relações e negociações com seu Programa, com seu Núcleo (ou Laboratório, ou Grupo, ou qualquer nome que seja), e, é claro, com seu orientador.

Pra resumir a história que ainda vou começar, e por que mais eu não saberia explicar, dei um chá de sumiço na minha orientadora, no laboratório e no Programa. Sumiço de verdade. E como volta?

Prolonguei o sumiço muito tempo, simplesmente por não saber como voltar. O que era pra ser um tempo relativo, virou uma tempo enorme. Mas uma hora chega-se ao limite.

E lá vou eu, rumo à UnB cantarolando "Muito Obrigado Axé", que a Bethânia canta com a Ivete. Precisamente porque é uma música que fala de força, de proteção e de paz. Era tudo o que eu precisava e essa música sempre me dá. Cantarolava uma parte que nos ensina: "Joga as armas pra lá". Eu muitas vezes tinha pensado em desculpas mil, estratégias argumentativas, formas de mostrar que não tinha sido pura e simples vagabundagem estava ali naquele momento xis que saberia seria o definitivo de volta querendo me desarmar.

Ai justamente o que eu não sei. Não sei se no momento crucial senti que a cara limpa, a sinceridade mais modesta era o melhor caminho ou ao contrário, foi só quando pude encontrar minha orientadora sem máscaras, sem subterfúgios, somente EU, somente minha verdade que eu pude voltar.

A favor da verdade, acho que sempre foi assim. Sempre fico elaborando mil coisas, sempre fico pensando como será tal momento, a melhor forma, mas sempre chego lá e a verdade se manifesta na sua forma mais simples e terna. Com humanidade. "E a verdade vos libertará".



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p.s.: É claro que ai entra o fato de minha orientadora ter me acolhido super bem, ser uma ótima pessoa comigo, compreensiva e toda nossa relação anterior, que agora precisa ser reconstruída.

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