domingo, 19 de junho de 2011

eclipse

E eu que acabo de descobrir que alinhamento de sol lua e terra é fácil, é cotidiano. Que raro mesmo é alinhar eu, a paixão e um outro coração.
Eclipse acho que já vivi alguns, agora essa sigízia de corpos celestes aqui dentro da terra foram duas, com mais de década no meio.
E sempre saiu alguma coisa meio apagada, como se já não estivesse ali... primeiro, a paixão. no segundo, fui eu.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

intimidade

POrque essa hora era você quem iria me acalmar.

Não com palavras de conforto, não com análises sobre a vida. Não que você não saiba fazer isso, mas eu sempre insisto que você não captou a mensagem, não pegou bem o ponto. Problema meu isso, não seu.

Mas você ia me confortar com nossos risos, nossas piadas. Teu humor. Íamos comentar sobre o mundo inteiro, dar uma volta, parar em nós ou nossa história por um minuto ou dois e continuar o trajeto. Falar de nossas vidas e falar da vida do mundo inteiro. Seja por fofoca ou por notícia.

Transitar por todos esses espaços que nos eram comuns. Quem sabe até entrar nuns espaços meus só pra eu me irritar, me sentindo invadido. Todos os assuntos, dois ou três por vez, e mudando de assunto assim como a gente gosta de azul.

Só pensar na gente já me acalma.

loucura

tem dia que realmente parece que a gente tá há um passo da loucura, não é? de perder juízo mesmo, surtar. ou sou só eu?

limitações

percebi hoje que estou num momento de total instabilidade e incertezas.

instabilidade profissional e acadêmica, numa dúvida infernal entre a dedicação ao mestrado e me inserir LOGO nesse tal mercado de trabalho.
instabilidade emocional, mas isso é praticamente constante, em que sou mais volúvel que qualquer gás. e não só alterações de humor, mas um quê à flor da pele totalmente insano.
instabilidade interpessoal, num ano em que me afastei de dois grandes amigos, por razões diferentes; sendo que pelo menos uma dessas situações está bem mal resolvida e facilitava lidar com outros aspectos.
e instabilidade afetiva, em que tenho brincado de inventar paixões e amores (lembra, eu chamo tudo de amores) com mais frequência do que seria saudável. ao ponto de só parar quando eu to em desvantagem, realmente, e sacrificar algo que poderia ser bom.

e isso tudo me levou a constatação que, a despeito de algumas possibilidades terem batido à porta (e sempre tudo acontece ao mesmo tempo) não podia haver pior fase para eu me envolver com alguém. não estou me envolvendo e nem perto disso, mas só essas possibilidades eu já vejo como seriam totalmente impossíveis nesse momento.
primeiro pela parte material mesmo: ando sem grana até pro cachorro quente na esquina (haha!). e segundo pela parte emocional e afetiva. ninguém merece ser enfiado no meio de tanta maluquice da minha cabeça.


(fim, querido diário)

domingo, 25 de julho de 2010

flertes, baladas e affairs

estava pensando em algumas possibilidades de romance mal fadadas. precisamente nas que eu levei um pé na bunda. mais precisamente nas que merecia porque era imaturo/inseguro/tapado demais.

acho isso uma injustiça. digo, nos casos das que nem chegaram a acontecer de fato, já fui barrado na porta de entrada. é examente como se houvesse um segurança barrando as pessoas que não podiam entrar por serem ainda menores. o segurança é o critério dos mal fadados amores (chamo tudo de amor, relaxem). a identidade a ser apresentada varia de acordo com "o dono da balada". sempre de acordo com o critério, podia ser um ato, uma palavra, um convite, uma recusa...

e aí que está a injustiça. em toda as baladas que fui barrado porque não tinha idade (isso só aconteceu uma vez, de fato), voltei quando era maior e tudo certo. viram que eu tinha mudado, tinha um ou dois anos a mais e agora me enquadrava. podia entrar e aproveitar.

mas quem disse que no outro tipo de balada existe segunda chance? taí coisa difícil. e parece que quanto mais na porta, mais precipitadamente eu fui barrado, pior ainda pra ao menos falar com o segurança.

mundo injusto.


p.s.: sinto meu orgulho próprio abalado depois desse post, mas quem nunca foi recusado? =P e não, não quero pensar nas pessoas que eu barro. essas merecem.

música, arte, perfeição

Chico Buarque, Cateno Veloso, Chico César, Carlinhos Brown (opa, todos com C!), Maria Bethânia, Mart'nália, Marisa Monte, (opa, todas com M!), Adriana Calcanhoto, Lenine, sem contar muitos outros...

... é, o Brasil anda muito sem cultura sim...

sábado, 24 de julho de 2010

mestrado e encontros

(Tenho um blog só sobre o processo de mestrado, mas isso fala muito mais de mim, isso sim).

Muita parte do mestrado acontece nas relações e negociações com seu Programa, com seu Núcleo (ou Laboratório, ou Grupo, ou qualquer nome que seja), e, é claro, com seu orientador.

Pra resumir a história que ainda vou começar, e por que mais eu não saberia explicar, dei um chá de sumiço na minha orientadora, no laboratório e no Programa. Sumiço de verdade. E como volta?

Prolonguei o sumiço muito tempo, simplesmente por não saber como voltar. O que era pra ser um tempo relativo, virou uma tempo enorme. Mas uma hora chega-se ao limite.

E lá vou eu, rumo à UnB cantarolando "Muito Obrigado Axé", que a Bethânia canta com a Ivete. Precisamente porque é uma música que fala de força, de proteção e de paz. Era tudo o que eu precisava e essa música sempre me dá. Cantarolava uma parte que nos ensina: "Joga as armas pra lá". Eu muitas vezes tinha pensado em desculpas mil, estratégias argumentativas, formas de mostrar que não tinha sido pura e simples vagabundagem estava ali naquele momento xis que saberia seria o definitivo de volta querendo me desarmar.

Ai justamente o que eu não sei. Não sei se no momento crucial senti que a cara limpa, a sinceridade mais modesta era o melhor caminho ou ao contrário, foi só quando pude encontrar minha orientadora sem máscaras, sem subterfúgios, somente EU, somente minha verdade que eu pude voltar.

A favor da verdade, acho que sempre foi assim. Sempre fico elaborando mil coisas, sempre fico pensando como será tal momento, a melhor forma, mas sempre chego lá e a verdade se manifesta na sua forma mais simples e terna. Com humanidade. "E a verdade vos libertará".



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p.s.: É claro que ai entra o fato de minha orientadora ter me acolhido super bem, ser uma ótima pessoa comigo, compreensiva e toda nossa relação anterior, que agora precisa ser reconstruída.