domingo, 26 de julho de 2009

Sentidos Concretos

Então, perdi meu antigo blog. Criei um login pra usar só pra ele e esqueci login, senha, nome da primeira professora... Minha memória não é mais como antigamente. Nada é.

Daí o nome, dessa vez respira o mesmo ar que eu... Psicologia... Já diria vovô Marx que "tudo o que é sólido se dissolve no ar". O que raios isso quer dizer? Primeiro, a mudança como realidade da matéria. Só complicou? A realidade está sempre em movimento, o que agora é, no momento seguinte já deixa de ser. Só que esse movimento é tão próximo e veloz que tudo acontece ao mesmo tempo. Tudo o que é, ao mesmo tempo não é. Tese e antítese formam uma unidade.
Daí pro vovô Marx esse movimento obedece à ordem do materialismo, mas não o materialismo mecânico, das relações entre as coisas de forma aparente, mas o materialismo histórico, em que somente o desvelamento das condições histórias de produção da infraestrutura pode ascender ao conhecimento do real, para além da aparência. E é essa infraestrutura que condiciona todas as outras coisas, que vão desde os movimentos literários até o seu sentimento mais íntimo, que você julga absolutamente pessoal e "subjetivo".
O legal então, e já está expresso na frase do vovô é que esse subjetivo não é separado do concreto. Não existe uma relação de exclusão entre as condições materiais e "subjetivas", mas pelo contrário: tudo o que é sólido se dissolve na medida em que toda condição material também "evapora" e se torna superestrutura, sem nunca deixar de ser.
O que se têm por subjetivo não é abstrato, é concreto, e entende-se por concreto as múltiplas determinações históricas e materiais a que estamos submetidos. Submetidos, entretanto, de forma dialética.
O subjetivo é dado a partir dos sentidos produzidos na tensão entre os significados socialmente partilhados e a história de vida de um sujeito, sempre de forma criativa e a sobredeterminar outras determinações anteriores. Esse sentido subjetivo, sendo assim, é, invariavelmente, a unidade dialética entre o simbólico e o afetivo.
Tá, e pra que essa explicação?

Pq eu acho que o fundamento primeiro é saber que todas essas relações, pensamentos, e sentidos são concretos, são fruto de uma história de vida, são fruto de situações determinadas, de mediações e contatos com a cultura.

Daí eu venho um pouco aqui, relatar as experiências que vão me determinando, as pessoas que vão me construindo e até os pensamentos que vou jurando que são meus...

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